“Tijolo” é um ensaio fotográfico que em sua essência traz uma discussão poética que aborda os efeitos da luz noturna sobre os volumes arquitetônicos e seu entorno. A partir de uma estratégia de captação das imagens em longas tomadas, a artista obtém uma rica gama de tonalidades que desenham as formas e aguçam nossa capacidade de perceber tanto as variações tonais, como os detalhes que geralmente nos escapam no dia-a-dia.
Esse tipo de fotografia, que podemos chamar de “fotografia de observação”, remete a forma como pintores e desenhistas se deixam permear pelo referente eleito por meio da observação minuciosa dos detalhes formais e dos efeitos de luzes e sombras.
Em “Tijolo”, é a partir da diluição de fronteiras entre o espaço e o tempo, e entre a artista e o cenário, que essas fotografias segredam momentos de ancestralidade, onde terra e céu, dentro e fora, espaço construído e natureza, surgem conjugados e num certo estado de suspensão.
Este tipo de fotografia é fruto de um olhar apaziguado e desautomatizado, em contraponto a fotografia de caráter mais efêmero e utilitária que se tornou uma prática com a disseminação das câmeras digitais, telefones celulares e compartilhamento de imagens em redes sociais. Observar as fotografias de “Tijolo” implica, assim como no gesto que as criou, numa temporalidade diluída, estendida.
Eder Chiodetto
Esse tipo de fotografia, que podemos chamar de “fotografia de observação”, remete a forma como pintores e desenhistas se deixam permear pelo referente eleito por meio da observação minuciosa dos detalhes formais e dos efeitos de luzes e sombras.
Em “Tijolo”, é a partir da diluição de fronteiras entre o espaço e o tempo, e entre a artista e o cenário, que essas fotografias segredam momentos de ancestralidade, onde terra e céu, dentro e fora, espaço construído e natureza, surgem conjugados e num certo estado de suspensão.
Este tipo de fotografia é fruto de um olhar apaziguado e desautomatizado, em contraponto a fotografia de caráter mais efêmero e utilitária que se tornou uma prática com a disseminação das câmeras digitais, telefones celulares e compartilhamento de imagens em redes sociais. Observar as fotografias de “Tijolo” implica, assim como no gesto que as criou, numa temporalidade diluída, estendida.
Eder Chiodetto