O ensaio NOCTICOLORE explora a noite como linguagem para um espreitamento. A pouca luz interior e exterior conduz o espectador a observação de noites deslocadas e/ou fixadas no tempo. A escuridão funciona, aqui, como moldura de frestas de luzes e cores saturadas, deixando escapar frestas de imagens e (porque não?) frestas do território imagético da própria fotógrafa. Frestas que sugerem delicados e poéticos contrapontos: a quase total ausência do homem revela sua presença em sua moradia. A ausência de luz revela as presenças e os sentimentos próprios da noite, o imaginário em cores da noite.